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Traders aproveitam queda das criptomoedas em meio ao pânico

Na manhã desta quarta-feira, 20 de setembro, o mercado de criptomoedas estava estimado em US$ 3,84 trilhões, apresentando uma leve queda de 1,6%. O Bitcoin (BTC) registrou uma desvalorização, sendo cotado a US$ 113,7 mil, o que representa uma retração semanal de 5,5%. O clima entre os investidores estava tenso, com um sentimento de medo predominando na faixa de 45%. As principais altcoins também enfrentavam dificuldades, mesmo com algumas dando sinais de recuperação.

Nas últimas 24 horas, o mercado viu uma saída líquida de cerca de US$ 70 bilhões. Esse movimento segue uma onda de desvalorização nas ações de tecnologia, que pressionaram os índices S&P 500 e Nasdaq no pregão anterior. O S&P 500 encerrou em 6.411,37 pontos, com uma leve queda de 0,59%, enquanto o Nasdaq caiu 1,46%, fechando em 21.314,95 pontos.

Além disso, muitos especialistas acreditam que os movimentos de correção podem refletir as incertezas que cercam o encontro anual de Jackson Hole, que acontece de 21 a 23 de setembro em Wyoming, nos EUA. Durante essa conferência, representantes de bancos centrais discutem os rumos da macroeconomia global, e o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, é especialmente aguardado pelos investidores. Há quem espere anúncios sobre a possibilidade de corte de juros em setembro, mas essa medida não é unanimidade. Alguns analistas veem isso como um fator que poderia alimentar a inflação e, consequentemente, levar à fuga de capitais do mercado cripto, fazendo o BTC recuar ainda mais.

Nas últimas horas, o FUD — medo, incerteza e dúvida — dominou o sentimento dos investidores. O Bitcoin chegou a perder a marca de US$ 113 mil, o que colocou os investidores de varejo em um estado de pessimismo extremo, como nunca visto desde os temores de guerra no Oriente Médio em junho. No entanto, a plataforma Santiment sugere que esse sentimento negativo pode, na verdade, ser uma oportunidade para investimentos, já que historicamente, momentos de medo profundo podem levar a boas compras.

Enquanto isso, no Twitter, alguns analistas, como o @nobrainflip, mencionam que essa fase pode estar próxima de uma nova alta para o BTC, comparando com movimentos corretivos de alta no passado.

Por outro lado, o VIX, conhecido como o “índice do medo”, aumentou para 15,88 pontos, refletindo a volatilidade do mercado. Os ETFs americanos baseados em Bitcoin e Ethereum enfrentaram intensa pressão vendedora, com saídas líquidas de US$ 523,31 milhões para Bitcoin e US$ 422,30 milhões para Ethereum.

O panorama no mercado de futuros também não era animador. O interesse aberto caiu para US$ 199,3 bilhões e, enquanto isso, o volume de negociações subiu para US$ 339,7 bilhões. Traders alavancados estavam em uma posição complicada, com liquidações atingindo US$ 440,3 milhões. A maior parte dessa liquidação estava nas posições compradas, com US$ 362,7 milhões saindo em 24 horas, mostrando um descompasso para os compradores.

Porém, alguns investidores estavam chegando perto, buscando boas oportunidades em meio à baixa. O índice de força relativa (RSI) das criptomoedas estava em 44,15 pontos, indicando uma maioria em uma faixa neutra. Tokens como RIO, MEME e outros até mostraram sinais de sobrecompra, aumentando o risco de correções. Em contraste, moedas como ASR e MKR estão sobrevendidas, oferecendo potencial para recuperação.

Na sequência, o índice altseason, que analisa as 100 principais altcoins, marcou 43 pontos. Dentre as altcoins com maior capitalização, ADA caiu para US$ 0,84, SEI estava a US$ 0,29, e o PENGU recuou para US$ 0,029. Contudo, algumas moedas, como o WKC e o ULTIMA, mostraram altas expressivas de até 31,8% e 26,7%, respectivamente.

Recentemente, novas criptomoedas entraram no mercado, como ARIA e SAPIEN, que estão disponíveis em várias exchanges. Voltando ao dia anterior, uma criptomoeda ambiental e uma memecoin educacional registraram alta de até 206% enquanto o Bitcoin tentava reagir.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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